Memorial
Sou a quarta filha de uma família de cinco filhos. Meus pais: Alexandre Francisco da Silva (em memória) e Maria Leopoldina da Silva, pessoas simples, com pouca escolaridade. Meu pai era agricultor, apenas alfabetizado, minha mãe doméstica, estudou até a 3ª série primária. Eles sempre gostaram de nos incentivar e encaminhar à escola, pois queriam que aprendêssemos a ler e estudássemos para termos uma profissão. Era vontade do meu pai que eu fosse professora, pois ainda no ventre da minha mãe ele já dizia que quando eu crescesse seria professora e assim aconteceu.
Comecei a estudar com oito anos, naquele tempo a educação era meio atrasada, não tinha transporte escolar, eu fazia um percurso de três quilômetros até chegar à escola, já cansada mas com vontade de aprender. Também não tinha uma faixa etária para iniciar os estudos como tem atualmente. Lembro-me que meu primeiro ano de estudo foi em 1978, na Escola Profª Januária Guedes Cavalcante no Sítio Cachoeira da Escada onde estudei a chamada “Carta de ABC”. No ano seguinte, fui estudar na Escola Antônio Martins dos Santos, no povoado de Pau Amarelo. Lá estudei as cartilhas: “Terra da Gente e Davi, Meu Amiguinho”. Lembro-me que nelas, cada letra do alfabeto era representada por um animal. Em seguida, cursei a 1ª série onde tive contato com o meu primeiro livro: “Caminho Suave”. A professora chamava-se Marinalva Círiaco, era paciente e muito dedicada. Nessa época, eu já imaginava um dia ser professora e perguntava até onde estudava e o que era preciso para ser professora, pois eu gostava muito de participar das aulas, principalmente quando se tratava de leitura.
Como toda criança, tinha meus limites, ajudava mamãe nas tarefas do lar, mas também tinha a hora das brincadeiras e dentre elas, brincava de escolinha, na qual eu era a professora, tudo muito divertido. Ah! Eu também gostava de brincar de panelada e academia, brincadeiras típicas da minha época.
Quando já cursava a 5ª série, gostava muito de ler gibis e os romances: Sabrina, Júlia, etc e também adorava as aulas de leitura e produção textual (redação).
No 2º Grau, eu fazia as leituras que a professora de Língua Portuguesa indicava, os chamados paradidáticos. Assim, li os clássicos da literatura brasileira: A Viuvinha, Iracema, Helena e outros. Ao término da leitura, preenchia a ficha de leitura que acompanhava o livro e apresentava e resumo da obra.
Na faculdade, li “Os Lusíadas” (Luiz Vaz de Camões), “Macunaíma” (Mário de Andrade), “Grande Sertão: Veredas” (Guimarães Rosa), “Morte e Vida Severina” (João Cabral de Melo Neto), “Menino de Engenho” (José Lins do Rêgo) e outros, dos quais eu gostava.
Graduei-me em Língua Portuguesa pela Faculdade de Formação de Professores de Garanhuns – Universidade de Pernambuco / FFPG-UPE, no período de 1992 a 1995. Em 2001, fiz o curso de especialização em Língua Portuguesa e graças a Deus, exerço a profissão há 23 anos.
Na vida familiar, sinto-me realizada e sabe por quê? Porque em 2002, conheci José Rodrigues de França, Guigo, como costumo chamar, meu esposo, amigo, companheiro, pessoa com quem divido minha vida e compartilho meus problemas e os afazeres do lar. Casamos há quatro anos e hoje temos como fruto dessa união o nosso filho Guilherme Alexandre de 1 ano e 3 meses, partícula de mim, minha metade, motivo que muito me alegra: “Ser Mãe”. Por isso, atualmente não disponho do mesmo tempo que tinha antes para os meus afazeres, principalmente para a leitura, mas continuo gostando de ler e acho necessário, pois todo professor precisa gostar de ler tanto para aperfeiçoar-se quanto para se divertir e sobretudo, para influenciar e desenvolver nos alunos o hábito de ler porque somos eternos aprendizes e como diz Leonardo da Vinci “Aprender é uma única coisa de que a mente nunca tem medo e nunca se arrepende.”.
Hoje, 10 de dezembro de 2009, concluí o meu texto de memória, o qual foi uma solicitação do programa Gestão da Aprendizagem Escolar – Gestar II – Língua Portuguesa, sob a orientação da profª formadora MS Juzí Maria de Barros Ferreira e Souza e da coordenadora Srª Jussara Rosa dos Santos.
O programa Gestão da aprendizagem Escolar – Gestar II, foi um curso bastante proveitoso e trouxe-me de volta aos estudos aperfeiçoando e ampliando os conhecimentos inerentes à minha prática pedagógica.
Correntes, 10 de dezembro de 2009.
Quitéria Mª Silva Rodrigues
Profª Cursista
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CORRENTES – PERNAMBUCO
MEMORIAL
Quitéria Mª Silva Rodrigues
Professora cursista
Correntes, dezembro-2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário